Prefácio
Eu comecei esta história como um projeto de diário eletrônico, sem datas, nem referências. Tudo isso que está escrito aqui hoje, já foi publicado um dia. Naquela época não tinha a idéia de que a história fosse se tornar interessante, pelo menos a mim, escritora.
Lembro que comecei a escrever porque tinha perdido um amigo. Não daqueles que estavam comigo praticamente todos os dias, mas um que era próximo, mesmo que não nos falássemos quase nunca.
Depois de ter dito o quanto sentia falta dele, e o quanto ele era importante pra mim, nunca mais sequer citei ele em nenhuma parte do diário. Até hoje espero que sua alma esteja em paz, já que seu corpo não está mais entre nós, e seu rosto só é uma lembrança boa dos tempos antigos. Talvez esse fosse o grande impulso que fez com que eu colocasse todas as minhas memórias em um papel.
Tenho pena do que lhe aconteceu. E tenho mais pena em saber que não devemos sequer alimentar um milésimo desse sentimento dentro de nós.
Tenho saudades daquela época. Hoje já não vivo mais a mesma realidade. Não tenho mais os mesmos sonhos adolescentes, mas sou capaz de cometer as mesmas loucuras. O que era presente virou um passado forte, mas distante e com muitos significados.
Depois de algum tempo percebi que certas coisas estavam muito confusas de serem entendidas, então resolvi manter as coisas sem referências, mas com uma cronologia mais acessível.
Quem me conhece sabe que não sou de muitos rodeios. Nem de muitos elogios. Basta saber que o que vocês lerão é algo que quero compartilhar com todos. São fantasmas exorcizados e alguns maus entendidos não resolvidos, como existem na vida de qualquer um.
Não há técnicas mirabolantes, nem nada ímpar e inigualável. É o cotidiano, o dia a dia de qualquer ser humano comum, com um pouco de poesia que quis elaborar.
Aí está, o meu mundo.
O Conclave
Há 13 anos
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